segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

Contando Carolias

Aviso importante: Esta coluna que hoje se inaugura tem finalidades terapêuticas, especialmente para a mulherzinha que voz escreve. Como todas vocês já devem saber, começo esta coluna para registrar e compartilhar com vocês minha jornada mais mitológica que a Odisséia rumo ao peso ideal, à auto-estima reconquistada, à saúde, às roupas bonitas, aos gatinhos e, acima de tudo, ao biquíni de lacinho!

Prólogo

Tudo começou quando, no dia 20 de dezembro, eu, Roberta, Lara e Letícia conversávamos numa festinha de aniversário regada à salgadinhos, fandangos e pipocas na qual surgiu a idéia de que eu fizesse uma coluna contando com fazzz pra emagrecer. Ótimo, assim todo mundo pode ficar de olho na minha dieta, dar pitaco e controlar minhas medidas (Ai, que pressão!). Em menos de 5 minutos nossa repórter investigativa da vida alheia e assessora de imprensa dos amigos futuros famosos Roberta sem titubear disparou o nome desta inaugurante coluna: Contado Carolias! (com direito a mãozinha fazendo sinal de trocadilhos). Ficou bom, né? Mas já vou avisando, minha dieta não é de contar calorias!

Passado todo esse tempo, por que resolvi começar hoje esta idéia já esquecida e mofada dentro das iluminadas mentes das minhas colegas? Por que amanhã é dia de prestar contas à nutricionista e eu estou em pânico!! Pra não descontrolar e sair devorando desde os pacotinhos de biscoito Taeq às latinhas de salsicha viena e de leite condensado, acompanhei-me de um copo de chá verde com limão, sentei meu futuro magro e menos celulítico bumbum na cadeira e comecei a escrever pra aliviar a tensão. Claro, a Caixinha do Pensamento não ia ser suficiente pra escrever isso tudo, ainda mais porque pretendo contar a maior parte do que aconteceu desde a minha primeira ida à nutricionista, no dia 30 de dezembro de 2008. Às mulherzinhas que lerem até o final, uma agradecimento e uma declaração: vocês moram no meu coração!

Parte 1: Onde conheço Dra. Juliana e me despeço dos carboidratos simples.

Mamãe, em outubro, mais ou menos, foi à uma nutricionista dita meio natureba. Seus métodos pouco ortodoxos, longe do Dr. Atkins, South Beach, Tipo Sanguíneo ou dietas revolucionárias da capa da Boa Forma, fizeram mamãe perder 7 quilos em 2 meses. Só esse fato já foi me cativando. Mas, como eu estava em Niterói, não dava pra saber o que essa doutora tinha falado pra minha mãe comer. Quando cheguei de férias em Petrópolis descobri: suco de clorofila (na verdade, couve) todo dia no café da manhã e carboidratos integrais (absolutamente todos), sem contar outros detalhes. Nada de porcarias light ou artificiais. Aí me cativou de vez. Não parece a dieta perfeita pra Carolzinha aqui? Ah, dieta não, Reeducação Alimentar. Aliás, prefiro chamar de Lavagem Cerebral Voluntária.

Entonces, tal dia da consulta, às 9 da manhã, estava lá ansiosíssima, com cara de ré confessa, respondendo a um monte de perguntas detalhadíssimas sobre o meu histórico alimentar. As respostas não podiam ser mais obscenas, do tipo “ah, de tarde eu fico em casa estudando, fico ansiosa e vai um pacote de biscoitos” ou “toda semana como uma lasanha congelada” (wannabe garfield). A única coisa que não tive coragem de admitir foi a quantidade de álcool que eu consumo. Tiradas as minhas medidas, que não anotei, foi a hora de subir na balança. Suando frio, subi na balança. Na balança aqui de casa nunca cheguei aos 80 quilos, mas qual foi minha surpresa ao constatar... 82,7kg! Ou seja, a balança aqui de casa está marcando uns 3 quilos a menos. Ai, amigas, que vergonha, que deprê! Que balança traidora! Depois do confessionário com a Dra. Juliana, uma pessoa calminha, simpática, magrinha, ela pediu pra eu voltar lá na semana que vem porque ela precisava elaborar minha dieta. Ok, fui embora pra casa consternada, mas otimista.

Semama seguinte, encontrei com a sorridente e jovial Dra. Juju 2 folhas de papel com o título “Orientação Nutricional – Ana Carolina – Dez/08”. A primeira, com horários e conteúdo definidos das minhas refeições, a segunda, com dicas estratégicas tipo “coma brócolis sempre que puder”, “beba água no máximo 15 minutos antes das refeições”, “comer 1 maçã por dia” e “ficar longe de refrigerantes”, coisa da qual eu já mantenho distância.

Saí do consultório feliz da vida porque tinha um moooonte de coisas pra comer todo dia e agora eu também podia, ou melhor, devia, comer azeite no café da manhã, almoço e janta (em outra coluna explico a importância das gorduras. Meninas, foi uma aula de nutrição, muito melhor que ler Dieta Já e Boa Forma! Com minha ‘orientação nutricional’ em mãos, fui até o Via Verde e comprei farinha de linhaça dourada (que devo ingerir uma colher de sopa todo dia) e barrinha de cereais de quinua (detestei).

Parte 2: Onde começa a dificuldade.

Passados os dias, só consegui encaixar a dieta perfeitinha lá pelo 6º dia, sempre tinha uma coisa que eu fazia errado. Não que a dieta fosse complicada, mas nem sempre é fácil cortar hábitos, ainda mais quando você está em casa de férias descansando de um 2008 mega estressante que te engordou uns 10 quilos.

Pra abreviar a história, já que daqui a pouco vou na aula de yoga, na segunda semana notei alguma diferença, parece que desinchei um pouco. O problema é que amanhã, passados quase um mês desde que comecei a Lavagem Cerebral Voluntária, eu tenho consulta com Dra. Juju logo de manhãzinha e acho que não emagreci quase nada, só a minha cintura diminuiu, as calças (as únicas 2 que me servem) continuam apertadas! Gente, que desespero!

Amanhã eu conto como foi a consulta y otras cositas más. Vou ali tomar um floral pra acalmar e partir pra yoga derreter umas calorias. Ah, foi terapêutico mesmo desabafar aqui, obrigada amigas!